Luanda - O sector bancário angolano continua a apresentar elevadas taxas de crescimento ao nível da sua dimensão, ao registar aumento de 7,3% em número de activos, 6,7% em número de agências e 6,4% em número de colaboradores, segundo indica uma nota de imprensa do Banco Nacional de Angola (BNA).
No que se refere à evolução no número de colaboradores, os indicadores apontam um crescimento de 6,4%, fixando o universo de bancários acima dos 20.000 colaboradores.
Segundo a mesma nota a que a Angop teve acesso hoje, domingo, em Luanda, esta é a principal conclusão da última edição da Análise ao Sector Bancário Angolano, apresentada, recentemente, em Luanda, pelo Chefe de Auditoria & Financial Services da KPMG, Victor da Cunha Ribeirinho.
O estudo, que tem por base o universo de 23 bancos comerciais com actividade em Angola em 2014 (existem ainda seis bancos que não tiveram actividade) e foi elaborado com recurso à informação pública disponibilizada pelas diversas instituições do sistema financeiro, demonstra uma diminuição de 50,3% na rentabilidade do sector.
A população angolana bancarizada fixou-se no final de 2014, aproximadamente, em 47% (dados obtidos com base no Censos 2014), um crescimento fomentado pelas contas ‘bankita à ordem’, que em 2014 apresentaram um número de adesões 36,8% superior ao ano transacto.
No que respeita ao número de agências, o sector registou um incremento que se traduziu em cerca de oito novos balcões por mês.
No que se refere à evolução no número de colaboradores, os indicadores apontam um crescimento de 6,4%, fixando o universo de bancários acima dos 20.000 colaboradores.
Em 2014 registou-se ainda uma evolução significativa na utilização de diferentes meios de pagamento e canais electrónicos, reforçando a tendência dos últimos anos.
A Rede Multicaixa verificou um incremento nas transacções em ATM (171 milhões – no valor de 1.131.863 milhões de kwanzas) e TPA, onde o aumento foi de 59%.
Já o número de cartões vivos apresentou uma taxa de crescimento de aproximadamente 29%.
O sector bancário angolano apresenta um valor de activos totais superior em 7,3% ao registado em 2013, atingindo os 7.105 mil milhões de AKZ.
Em termos de depósitos e recursos de clientes o sector apresentou taxas de crescimento de aproximadamente 15,1%, ligeiramente abaixo das obtidas em 2013 (aproximadamente 16,8%).
Este crescimento foi potenciado maioritariamente pelos depósitos à ardem, que representam 55% do total de depósitos.
Quanto aos depósitos em moeda nacional representaram 69% (60% em 2013) do total de depósitos, reflectindo desta forma o efeito da desdolarização que tem vindo progressivamente a caracterizar a economia angolana.
O crédito concedido apresentou um crescimento de 8,9%, 3,9 pontos percentuais (p.p) abaixo do crescimento registado em 2013 e 21,3 p.p. abaixo do crescimento obtido em 2012.
Relativamente ao crédito vencido, registou-se um aumento considerável, superior a 40%, em resultado de um crescente nível de incumprimento no mercado bancário angolano.
O produto bancário referente ao agregado do sector bancário angolano registou um acréscimo de aproximadamente 1,9%.
Esta situação corresponde a uma inversão da tendência verificada até 2013, sendo a primeira desaceleração registada ao longo dos últimos quatro anos.
O rácio “Cost-to-Income” fixou-se nos 50,9% em 2014, representando o melhor registo no período 2010-2014.
A tendência de decréscimo na rentabilidade continuou a verificar-se em 2014.
Tanto o Retorno dos Activos como o Retorno dos Fundos Próprios registaram valores inferiores aos de 2013.
Fonte: Angop Express
Referência:http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/economia/2015/10/45/Angola-Sector-bancario-angolano-cresce-apesar-contexto-desafiante,ddb06cb7-c76b-42b7-be7f-44e39411903f.html
Fonte: Angop Express
Referência:http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/economia/2015/10/45/Angola-Sector-bancario-angolano-cresce-apesar-contexto-desafiante,ddb06cb7-c76b-42b7-be7f-44e39411903f.html
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